Capitulo 13

Musica: (I Almost Do – Taylor Swift)


Três meses que ele se foi, e o inverno veio.

- não agüento mais aula. _ reclamou passando a mão em sua barriga que já estava visível.

- eu também não. Estou vagando por esses corredores parecendo um fantasma há muito tempo. _ eu disse de cabeça baixa. Principalmente depois de ontem.



(flashback on)


Eu estava em meu quarto vendo The vampire diaries, quando olho para o lado e vejo dormindo em sua nova caminha, não resisti. Peguei meu celular e tirei uma FOTO, fiquei olhando para ela pensando, queria que estivesse aqui pra vê-lo.


“olha como está lindo, ele está crescendo bastante, pena que não está aqui para vê-lo”


Mandei a mensagem junto com a foto, não queria que ele deixasse de ver como nosso cachorro estava. Fiquei mais um tempo olhando para a foto até tomar coragem.


“ele sente sua falta , assim como eu. Não consigo entender o que te deu na cabeça para ir embora. A única coisa que sei é que queria que você estivesse aqui.” Saudade .


Mandei outra mensagem crente de que eu não obteria resposta, me surpreendi... Mas preferia ter ficado sem ela.


“sei que esta sendo difícil de entender, mas, por favor, não tente mais me ligar, não me mande mais mensagem, se puder me esqueça. Sei que será difícil pra mim também está sendo, mas será melhor assim. Eu garanto”. .



(flashback off)


Foi muito difícil dormir, me remexia de mais na cama, as lagrimas foram as únicas “aliadas” a me fazerem dormir.

- como se sente depois da festa na casa do Paul? _ perguntou cautelosa, me tirando do meu devaneio.

- eu estou bem, a única coisa que se arrastou comigo foi à gripe... mais nada. _ respondi com um sorriso de lado. Eu não estava mentindo ou escondendo, eu sabia que Jack tinha ficado fora de si naquela noite, sabia que ele jamais faria isso comigo se estivesse sóbrio.

- Jack não aparece na escola há um tempo, ou pelo menos não o vi por aqui. _ comentou olhando as pessoas ao se redor.

- também depois da surra que o meu namorado deu nele, se eu fosse ele também não apareceria. _ disse chegando ao nosso lado.

- e dês de quando você e assumiram alguma coisa? _ perguntei intrigada.

- é minha amiga você ficou muito tempo longe de nós. _ comentou olhando para o teto.

- me pediu em namoro há dois meses. _ respondeu baixinho olhando para o chão. Fiquei calada por um tempo pensando em quanto tempo ao certo em tinha ficado longe delas e por que motivos fiz isso.

- aah... _ disse por fim ainda pensativa.

- não te contou? _ perguntou ela intrigada por eu não ficar sabendo antes.

- não, ele não fala comigo direito dês daquela noite. _ respondi triste olhando para minhas mãos.

- eu sinto muito... _ disse ela como se sentisse culpada pelas atitudes do namorado.

- não sinta, eu errei eu mereço isso. _ disse levantando meu rosto para encará-la.


Chegamos ao refeitório e vimos os meninos falantes e super animados, o que eles estavam aprontando agora?

- nossa qual o motivo de tanta animação? _ perguntei animada vendo o sorriso deles se desmancharem.

- não é nada. _ me respondeu com frieza. Sorri sem animo e abaixei a cabeça desanimada.

- não é nada de importante , é só um jogo de basquete que vamos na sexta. _ explicou vendo o quanto eu tinha ficado sentida pela frieza de . Assenti satisfeita com a resposta e sai da mesa deixando todos sozinhos.

- não precisava ser tão grosso bad. _ ouvi dizer logo depois que sai.


Vaguei pelos corredores do colégio novamente parecendo um fantasma totalmente perdida em pensamentos, só consegui voltar à realidade quando senti alguém segurar meu braço me impedindo de andar.

- Jack...? _ disse reconhecendo-o por de trás de um rosto tão triste e machucado.

- oi . _ disse ele sorrindo fraco.

- o que aconteceu com você? _ perguntei aproximando minha mão de seu rosto todo machucado.

- não foi nada, não se preocupe. _ disse ele sorrindo fraco pegando em minha mão para que eu não encostasse em seu rosto.

- eu vim aqui para outra coisa. _ disse ele abrindo seu armário. Fiquei o encarando curiosa enquanto ele tirava o Cid que ele havia me dado na noite que saímos para jogar.

- eu quero te entregar. Sei que você não quer nem me ver, mas quero que fique com isso. _ Jack disse me estendo o boneco, sorri agradecida eu havia mesmo gostado do brinquedo.

- oh Jack! Obrigado. _ agradeci e por impulso o abracei.

Jack demorou alguns segundos para assimilar o que eu tinha feito e quando entendeu me abraçou forte.

- me desculpa. _ o ouvi dizer sentindo sua respiração ficar pesada.

- não a nada para se desculpa Jack. _ disse o abraçando sentindo sua respiração ficar cada vez mais pesada. Desgrudei meu corpo um pouco do dele para encarar seu rosto e me surpreendi. Ele estava chorando.

- oh meu deus Jack! Não chore. _ disse desesperada o abraçando novamente.

- eu nunca tive a intenção de te machucar de te magoar. eu sou um mostro. _ disse ele com o rosto enfiado em meu pescoço molhando o ombro da minha blusa com suas lagrimas. Aquilo me cortou o coração eu não queria vê-lo chorar.

- hey Jack! Você não me machucou, eu estou bem. _ disse segurando seu rosto com uma mão e mostrando meu corpo com a outra.

- viu, eu estou bem, não há nada com que se preocupar. _ disse agora segurando seu rosto com as duas mãos.

- eu não queria te magoar meu amor, eu te amo tanto, me perdoe. _ Jack disse tentando encarar o chão para que eu não o visse chorar.

- você não me magoou Jack, eu sei que nunca seria capaz. _ disse com lagrimas nos olhos, era muito difícil vê-lo chorar.

- me perdoa. _ pediu ele me puxando para mais um abraço.

- claro Jack, eu te perdôo, se isso for te deixar melhor. _ disse deixando escorrer uma lagrima de meus olhos enquanto brincava com os cabelos de sua nuca.

- eu te amo. _ sussurrou ele em meu ouvindo em seguida deu um beijo em meu ombro. O abracei mais forte de olhos fechados me perguntando por que nunca consegui amá-lo?.

Desfiz o abraço assim que o sinal para o fim do intervalo soou. Jack nada disse apenas sorriu me deu um beijo na testa e saiu me deixando apenas com o urso.


--- x ---


Nove meses agora. Essa altura do campeonato eu já seguia minha vida normalmente, como se ele nunca houvesse existido. Esquecê-lo? Impossível, sempre me lembro do seu sorriso e de seus olhos viciantes, quando estou sozinha em meu quarto.

Não posso negar que estou mudada, pudesse dizer até que estou mais fria; no colégio minha atitude é rebelde, teve que ir me buscar incontáveis vezes na direção. Todas essas atitudes talvez sejam para disfarçar a falta que ele me faz.

- estou cansado de buscar você na direção . _ estava irritado não era para menos, mais uma vez teve que me buscar na direção por responder o professor.

- ... Você já devia estar acostumado. _ respondi com frieza,

-qual é o seu problema? Você nunca foi assim, por que está agindo assim? _ sua indignação era clara. Eu nada respondi, não valia à pena.


me levou para casa em silencio, não trocamos se quer uma palavra. Nossa relação estava cada vez mais difícil, mal nos falávamos, quando estávamos juntos com os amigos suas respostas eram curtas e frias... Estamos indo de mal á pior.

Eu e Jack voltamos a '' namorar'' a duas semanas, estamos indo muito bem, saímos sempre para passear, seus carinhos são ótimos.

Nenhum dos meus amigos gosta do nosso namoro, ninguém gosta do Jack.


- você tem noticias da ? _ perguntei ansiosa por uma noticia da minha sobrinha.

- na verdade, não. Ela esta na casa dos avôs e lá o sinal de telefone é coisa rara. _ respondeu ao telefone.

deu a luz a uma linda menina há uns dois meses, não tivemos muito contato com ela desde então, ela teve que sair da cidade para ir a casa dos avós.

- estou ansiosa para ver a minha sobrinha. _ comentei com euforia, não tinha coisa mais linda do que Anne. - eu também estou ansiosa, a última vez que a vi foi no hospital, logo quando ela nasceu. _ estávamos todos lá quando Anne nasceu à bolsa de estourou quando estávamos jogando boliche, tivemos que correr para o hospital. Aquela foi a última vez que eu e nos falamos antes... Com carinho.

- e você e o ? Como estão?

- estamos de mal a pior, há três meses que somos quase como colegas distantes, sabe? E o pior de tudo, é que eu ouvi uma conversa dele no telefone, dizendo que quer sair daqui d casa.

- ai , isso deve ser um blefe, ele não vai sair mesmo dai, ele te ama.

- amor não impede ninguém de partir . _ disse com tristeza, era verdade, por mais que ele me amasse isso nunca o impediria de sair daqui de casa.

- amiga eu vou ter que desligar, tem outra chamada na linha. Depois agente se fala, beijos.

- ok , beijos. _ desliguei e me joguei na cama pronta para uma soneca quando meu celular tocou. Era Jack me chamando para sair, não tive como recusar. Desta vez eu estava tentando ser uma namorada diferente, uma namorada... Melhor.


Tomei um banho rápido vesti uma roupa básica e coloquei uma boina de tricô (minha nova amiga, agora que o inverno chegou), me maquiei e desci para encontrá-lo.

- nossa... Como está frio. _ reclamei andando em direção ao Jack.

- esta frio mesmo. _ concordou ele me abraçando pela cintura me dando um selinho.

- você quer ir a algum lugar? _ perguntou ele. Já estávamos dentro do carro quente, graças ao ar-condicionado.

- vamos ao Starbucks? _ convidei sabendo que ele gostaria de tomar um cappuccino bem quente.

- vamos claro, adoraria tomar um cappuccino quente. _ aceitou ele sorrindo. Eu não disse que ele ia aceitar.

Entramos no Starbucks, sentei em um sofá confortável, enquanto jack fazia nossos pedidos.

- você sabe alguma noticia da sua sobrinha? _ perguntou ele sentando ao meu lado com nossos pedidos em mãos.

- na verdade, não. Não conseguimos ligar para ela no fim de mundo onde ela esta. _ respondi tomando um gole do meu cappuccino.

- o que você sente falta de quando ela ainda não estava grávida? _ sua pergunta me surpreendeu, qual era a intenção com essa pergunta, e qual seria a resposta esperada?

- eu... Eu não sei tudo esta igual... Não tem nada que eu sinta falta.

- mesmo? Não há nada que você sinta falta? _ insistiu ele, me deixando intrigada.

- qual a sua intenção com essa pergunta?

- como assim? _ Jack perguntou levantando umas das sobrancelhas, não entendendo minha pergunta.

- você está insistindo em uma pergunta sem. sem, sei lá... Eu já disse que não sinto falta de nada, esta tudo igual.

- Então ta... Desculpa por insistir. _ Jack olhou para frente com o olhar perdido.


Terminamos de tomar nossos cafés em silencio, não tinha nada o que falar, não agora.

- vamos a uma festa amanhã? _ perguntou ele quebrando o silencio.

- que festa?

- uma festa de um colega do colégio.

- ah... Jack, festa? _ eu não vou a uma festas desde do acontecimento na casa do Paul.

- é amor... Vai ser legal.

- mas... _ Jack me interrompeu antes que eu conseguisse argumentar.

- antes que você diga alguma coisa, eu juro que não vou beber. _ a seriedade em seus olhos era clara, eu não tinha como negar mais.

- não Jack, não é isso... _ Jack me interrompeu novamente.

- é o que então? Poxa amor vamos se juntar com a galera do colégio o ano ta acabando e... _ desta vez fui eu quem o interrompi, sabia que ele não iria desistir em quanto não me convencesse a ir.

- tudo bem Jack, nós vamos a essa festa. _ aceitei seu pedido me dando por vencida.

- que bom... Vai ser legal, eu garanto. _ as pessoas tem que parar de garantir a mim algo que elas não têm certeza do resultado.

Depois de namorarmos um pouco, Jack me levou para casa.

- amanhã eu te pego as 20:00, ok? _ Jack perguntou enquanto eu saia do carro.

- ta tudo bem, agente se vê amanhã.

- tchau amor... Te amo. _ nos despedimos com um beijo calmo e carinhoso, como era de costume.


Subi as escadas e fui direto para o meu quarto, onde lá havia um bilhete.



''...
É difícil dizer isto a você, mas eu estou indo embora. Não vou embora da cidade, só vou sair da sua casa, vou dividir um apartamento com um amigo. Fique bem, ok?
Te amo. . ''



As palavras daquele bilhete me acertaram como um golpe certeiro. Por um lado eu sabia que ele um dia ia embora, mas não queria acreditar... Até agora. Larguei minhas coisas em cima da cama e corri para seu quarto.

- ? ...? _ abri a porta do seu quarto e não havia ninguém, o quarto estava arrumado igual a como estava antes dele vir morar aqui, sem nenhum vestígio dele.


Sua partida tinha sido tão surpreendente, quanto sua chegada.


Meus pais não estavam em casa, eu estava sozinha, mais uma vez.

Liguei para minhas amigas para compartilhar com alguma delas meu sofrimento, mas nenhuma delas atendeu, liguei para Jack, mas ele também não me atendeu.

- droga!... _ reclamei irritada com lagrimas já escorrendo pelo meu rosto.

Sai do quarto que ocupava e corri para meu, me joguei na cama e desabafei em meu travesseiro, colocando para fora toda a dor de estar... Sozinha.

Depois de quase duas horas, Jack retornou a ligação e se espantou ao me ouvir chorando.


- o que foi meu amor? Por que você está chorando? _ seu espanto era evidente. Em poucas horas ele estava comigo e eu estava feliz e sorrindo, e agora eu estava chorando.

- o , Jack, ele...

- o que ele fez? Brigou com você de novo?

- Não Jack, pior.

- você esta me deixando preocupado, o que aconteceu? _ a preocupação em sua voz me deixou ainda mais triste.

- ele foi embora Jack, sai daqui de casa me deixando apenas um bilhete.

- oh meu amor, não chore. _ sua voz era um misto de espanto, preocupação e... Felicidade.

- eu não faço idéia onde ele esteja Jack... _ eu mal conseguia falar eu chorava muito, estava novamente com o coração partido.

- calma , fique calma meu amor, eu estou indo ai, tudo bem? _ enquanto Jack falava, pude ouvir ele abrindo e fechando portas e pegando a chave do carro.

- uhum! _ concordei respirando fundo, tentando ao Maximo me acalmar.


Jack chegou algum tempo depois, assim que o abracei comecei a chorar novamente, eu ainda não estava acreditando que havia ido embora sem nem ao menos se despedir e muito menos avisando para onde ia.

- ele não disse que ia para a casa de um amigo? _ Jack perguntou enquanto sentávamos no sofá.

- disse, mas aonde é essa cara desse amigo? Quem é esse amigo?

- calma amor na segunda você fala com ele, ele provavelmente não vai sair da escola. _ disse Jack tendo me deixar mais calma.

- e se ele não quiser falar comigo?

- ele vai querer sim , não se preocupe. _ disse ele me puxando para mais perto.

- tomara que sim. _ me aconcheguei em seu peito e fechei os olhos me sentindo mais calma.


- Tchau Sr e Sra. , Boa noite. _ ouvi a voz de Jack ao longe e logo em seguida a porta fechando. Eu havia dormido no colo de jack.

- filha... Vamos deitar na cama? Já esta tarde.

- mãe você soube que o foi embora daqui de casa? _ perguntei me sentando no sofá, ela nada me respondeu, já me dando a resposta.

- você sabia? _ perguntei espantada, eu fui a ultima, a saber?

- agente sabia filha, ele conversou com agente anteontem, quando você estava na escola. _ respondeu meu pai entrando na sala.

- mas ele disse pra vocês para onde ele iria? Deu o endereço? _ perguntei com uma gota de esperança que ele s dissessem sim, mas... Não. Os dois negaram com a cabeça.

Respirei fundo sabendo que minha lagrimas iam voltar, levantei do sofá num pulo e fui para o meu quarto, sabendo que a noite ia ser longa.


Acordei na manhã seguinte com o rosto inchado, com a cabeça latejando e com o nariz estúpido. Sinal de que hoje eu não iria sair da cama por nada.


Deu 12:00, 15:00, 17:00 e as 19:00 horas jack me ligou para dizer que iria me pegara mais sedo para irmos a tal festa.

- não Jack, eu não vou mais á festa nenhuma. _ disse mudando de canal na TV. - mas amor... Você disse ontem que ia comigo. _ pela sua voz ele estava triste, eu odiava deixá-lo triste, mas eu não iria a essa festa, não hoje.

- eu sei Jack, mas depois que eu disse aconteceu tanta coisa, que eu acabei mudando de idéia.

- você está legal? Sua voz esta estranha. - só estou um pouco resfriada, nada de mais. Pode ir a festa sem mim, vá com os seus amigos e divirta-se ok?

- mas amor...

- mas nada Jack, quero que você vá a essa festa e quero historias engraçadas dela amanhã, ok? _ jack hesitou em aceitar, mas depois acabou cedendo.

- então agente se fala amanhã?

- agente se fala amanhã Jack, boa noite e divirta-se.

- obrigado amor, beijos... Te amo.

- beijos Jack. _ desliguei e voltei a ver TV por mais algumas horas, até que bateu fome.


Desci para a cozinha cantarolando para quebrar o silencio, meu nariz ainda estava ruim, minha cabeça também, mas mesmo assim desci de pijama descalça até a fria cozinha. Decidi fazer uma vitamina, peguei algumas frutas na geladeira e comecei a picá-las ainda cantarolando. Até que a companhia tocou.

- quem será essa hora? _ perguntei ao (que estava deitado de barriga para cima no chão da sala) ainda com a faca da cozinha em mãos. Estava tarde era quase 23:00 quem bateria na minha porta.

Abri rapidamente a porta sem pensar em nada a curiosidade era mais forte, abri a porta ficando paralisada a faca que estava em minha mão caiu no chão fazendo barulho assustando ao que ficou de pé em um pulo.

O que ele estava fazendo aqui?

- ? _ desta vez eu não estava enganada, era mesmo ele.

estava com o braço apoiado no batente da porta com a cabeça baixa, quando abri a porta ele me olhou e sorriu fraco.

- oi baixinha...


Continua...